Évora, 1964
No campo da criação e investigação artística tem desenvolvido um corpo de trabalho a partir da teoria feminista intersecional sobre identidade, sexualidade, igualdade de género, resistência ao histórico, da ideia do pessoal é político e da poética do político.
Licenciou-se em Escultura pela FBAUL, mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas na FBAUP com a dissertação, O sentir sexual da diferença: o legado de Luce Irigaray na nova subjectividade e é doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes, Universidade de Coimbra com a tese Como Eu Sou Assim, Mapeamento na Primeira Pessoa: Documento e Índice, investigação sobre a autobiografia visual na produção artística contemporânea.
À sua primeira exposição individual, A Nossa Necessidade de Consolo É Impossível de Satisfazer, Zé dos Bois (ZDB) seguiram-se (entre outras), Alice, Bedeteca de Lisboa; Ce sex qu’est pas un, Museu do Neo-realismo, Vila Franca de Xira, Chora, Gaivotas 6, Lisboa.
De entre as exposições colectivas que integrou destacam-se: 2012-2020 obras da Coleção António Cachola, MACE, Elvas, Ponto de Fuga/Vanishing Point, Cordoaria Nacional, Lisboa, A Guerra como Modo de Ver, MACE, Elvas, Género na Arte: corpo, sexualidade, identidade e resistência, MNAC, Lisboa, Re-produtores de Sentido, SESC Rio, Rio de Janeiro, Portugal: 30 Artists Under 40, The Stenersen Museum, Oslo.
Parte da sua obra gráfica encontra-se publicada, com destaque para os livros: Alice, (1999), Isto de Estar Vivo de Luiz Pacheco (2000), e os livros de artista: A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer (2003), Livro para Colorir, exemplar único (2006) Alice’s Guest Book exemplar único (2010); The Cabinet of Dr Alice (2014) e Manifesto Visual (2016). Da sua participação e colaboração em fanzines, destacam-se a Facada Mortal, Joe Índio, Canito e Estrela Decadente onde publica o ensaio visual Mulheres na BD sobre autoras de banda desenhada e a importância dos zines na cultura participativa.
Dos coletivos artísticos que integrou destaca A Vaca Que Veio do Espaço (edição de fanzines, 1987-1988); Sparring Partners com João Fonte Santa e Pedro Amaral e Girlschool com Susana Mendes Silva.
Está representada em diversas coleções públicas e privadas e o seu trabalho é regularmente publicado em livros e revistas especializadas.
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In the field of artistic creation and research, Alice Geirinhas has developed a body of work based on intersectional feminist theory, identity, sexuality, gender equality, resistance to historical, the idea of the personal is political and the poetics of the political.
Graduated in Sculpture at FBAUL, Master in Contemporary Artistic Practices at FBAUP with the dissertation, The feeling of sexual difference: the legacy of Luce Irigaray in the new subjectivity and a PhD in Contemporary Art from the College of Arts, University of Coimbra with the thesis As I Am, Mapping First Person: Document and Index, a research on visual autobiographies in contemporary art production.
Alice Geirinhas is represented in several public and private collections and her work is regularly published in books and specialized magazines.
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seascape (detalhe), 2016
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Inland Journal 7, 2019
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Mulheres na BD, 1991
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A tragédia biológica da mulher, 2017- 2018