um documento | a document
.
Flambeurs é um anagrama construído a partir dos nomes Luís, Sara, Maria Beatriz e Francisca.
Este coletivo familiar reúne-se pela primeira vez num projeto artístico comum, numa residência de uma semana realizada em Julho de 2024, na Escola de Macieira.
A residência, pensada como um exercício lúdico e colaborativo, proporcionou um ambiente propício à criação e à partilha, fortalecendo laços afetivos e afirmando a identidade do grupo enquanto núcleo artístico.
Sara Farias (1974, Lisboa) é designer de produto, com atividade profissional em Lisboa nas áreas do design de comunicação e direção de arte. Tem vindo a desenvolver um percurso multidisciplinar centrado na edição e publicação de livros de arte e de artista.
Luís Alegre (1969, Anadia) é licenciado em Pintura e doutorado em Design. Vive e trabalha em Lisboa, desenvolvendo projetos nas áreas das artes visuais, design, edição e ensino. Desde os anos 1990, tem vindo a cruzar diversas disciplinas, com particular enfoque no vídeo, instalação e edição de livros de artista, sobretudo através da chancela Stolen Books.
Beatriz Alegre (2008, Lisboa) frequenta o ensino secundário na área de Ciências Socioeconómicas. Interessa-se por música e fotografia.
Francisca Alegre (2015, Lisboa) demonstra curiosidade por desenho e pintura, que pratica com regularidade.
Desta residência resultou a publicação 170 milissegundos – a ilusão no território de Macieira, um exercício de aproximação entre o íntimo e a paisagem natural. Esta colaboração lúdica e familiar deu origem à recolha, organização e catalogação de formas diversas – observadas nos arredores da Escola da Macieira – construindo um possível dicionário visual. Através de um gesto livre, especulativo e combinatório, cada membro do coletivo estabeleceu relações próprias com as formas encontradas, propondo novas leituras do território.
O estudo das formas da natureza — ou da natureza das formas — e dos ciclos de existência das chamadas “coisas naturais” tem sido, desde tempos imemoriais, uma fonte de inspiração, reflexão e inquietação humanas.
Em neuropsicologia, o fenómeno da pareidolia descreve a tendência para identificar figuras reconhecíveis a partir de estímulos visuais ambíguos — como manchas, nuvens ou objetos inanimados. 170 milissegundos, um intervalo quase imperceptível, é o tempo médio que o cérebro necessita para atribuir sentido a esses estímulos.
.

.
Flambeurs is an anagram—a word play—formed from the letters of four names: Luís, Sara, Maria Beatriz, and Francisca. This family-based collective came together for the first time in July 2024 to undertake a week-long residency at the Escola de Macieira.
The project was conceived as a ludic and collaborative exercise, providing a space for creation, experimentation, and shared authorship, while also strengthening familial ties and exploring identity through collective artistic practice.
Sara Farias (1974, Lisboa) is a product designer and works professionally in Lisbon as a communication designer and art director. Her practice spans several disciplines, with a particular focus on the editing and publishing of art and artist’s books.
Luís Alegre holds a degree in Painting and a PhD in Design. Based in Lisbon, he works as an artist, designer, editor, and educator. Since the late 1990s, he has developed cross-disciplinary projects that intersect design, video, installation, and publishing, particularly through his direction of Stolen Books.
Beatriz Alegre (2008, Lisboa) is currently a secondary school student, studying Social and Economic Sciences. She has a strong interest in music and photography.
Francisca Alegre (2015, Lisboa) is passionately engaged with drawing and painting, which she explores with curiosity and regularity.
The residency resulted in the publication of 170 milissegundos – a ilusão no território de Macieira, an exercise in bridging the intimate and the natural landscape. This playful, family-based collaboration led to the gathering, organisation and cataloguing of diverse forms—observed around the perimeter of the Escola de Macieira—forming a kind of visual dictionary. Through a free, speculative, and combinatory approach, each member of the collective established their own connections with the shapes encountered, proposing new interpretations of the territory.
The study of the forms of nature—or the nature of form—and the cycles of existence of so-called “natural things” has, since time immemorial, been a continuous source of inspiration, reflection, and human wonder.
In neuropsychology, the phenomenon of pareidolia refers to our tendency to recognise familiar figures in ambiguous visual stimuli—such as stains, clouds, or inanimate objects. 170 milliseconds, an almost imperceptible interval, is the average time the brain requires to assign meaning to such stimuli.
.





.
Fundada em 2013, a Stolen Books é uma editora independente dedicada à publicação de múltiplos de livros de artista. Surge no panorama artístico português como uma plataforma para a promoção de artistas nacionais, afirmando-se rapidamente no plano internacional, com presença regular nas principais feiras do sector editorial artístico.
Entre os autores portugueses publicados destacam-se Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis, Miguel Palma, José Maçãs de Carvalho, Ana Pérez-Quiroga, João Fonte Santa, Cecília Corujo, Nuno Nunes-Ferreira, Ana Rito, Pedro Cabral Santo, Martinho Costa, Miguel Vieira Baptista, Alice Geirinhas, Rita Lino, Pedro Pousada, Daniel Moreira, Rita Castro Neves, António Olaio, Dinis Santos, Francisco Vidal, Sara&André, Carla Cabanas, Os Espacialistas + Gonçalo M. Tavares, Luísa Jacinto, Pedro Calhau, Fabrizio Matos e Pedro Amaral.
A editora conta igualmente com colaborações internacionais, entre as quais se destacam Richie Culver, Louis Porter, Aaron Jupin, Nathaniel Russell, Fábio Zimbres, Michael Weißköppel, Pierre Coulibeuf e Vittorio Santoro.
Desde 2018, com a mudança para as atuais instalações, a Stolen Books consolidou-se como uma estrutura multidisciplinar, aberta à comunidade. O espaço integra livraria, galeria, estúdio de design e oficina de produção gráfica, acolhendo também residências artísticas e funcionando como lugar de criação, edição e experimentação artística.
.

.
Founded in 2013, Stolen Books is an independent art publisher specialising in multiples of artist’s books. Initially established to support Portuguese artists, the project quickly expanded its scope, gaining international recognition through regular participation in leading art book fairs around the world.
Among the many Portuguese artists published are Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis, Miguel Palma, José Maçãs de Carvalho, Ana Pérez-Quiroga, João Fonte Santa, Cecília Corujo, Nuno Nunes-Ferreira, Ana Rito, Pedro Cabral Santo, Martinho Costa, Miguel Vieira Baptista, Alice Geirinhas, Rita Lino, Pedro Pousada, Daniel Moreira, Rita Castro Neves, António Olaio, Dinis Santos, Francisco Vidal, Sara&André, Carla Cabanas, Os Espacialistas + Gonçalo M. Tavares, Luísa Jacinto, Pedro Calhau, Fabrizio Matos, and Pedro Amaral.
Its international catalogue includes collaborations with Richie Culver, Louis Porter, Aaron Jupin, Nathaniel Russell, Fábio Zimbres, Michael Weißköppel, Pierre Coulibeuf, and Vittorio Santoro.
Since 2018, with the move to its current premises, Stolen Books has grown into a vibrant cultural hub comprising a bookshop, gallery, design studio, and print production facility. It now also hosts artist residencies and serves as a site for the development and dissemination of visual and editorial art projects.
.



